"Você pode estar na melhor equipe... Se não se superar, não superará o adversário."

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Futsal e Futebol: Breve reflexão sobre o treinamento de atletas.


Realmente, este é um tema polêmico e que necessita de muitos debates. O que os estudos em “treinamento esportivo” e “detecção e seleção de talentos esportivos” sugerem é que, até por volta dos 13, 14 anos, propicie-se ao iniciante no esporte, uma vivência esportiva variada, ampliando-se assim, seu repertório físico, cognitivo e motor. 

Pretende-se, com isto, oferecer uma “bagagem” motora à este individuo talentoso. Esta “bagagem” será muito útil para ele em sua vida adulta. Portanto, nestas faixas etárias não somente é possível conciliar futebol e futsal, como também Natação, Lutas, Ginástica, entre outras modalidades. Será importante futuramente esta vivência enquanto criança, respeitando-se, obviamente, os limites físicos específicos das diferentes faixas etárias. 

Após esta faixa etária, ou seja, por volta dos 14, 15 anos (tratando-se de “indivíduos talentos para o esporte”), após avaliações diagnósticas quanto a maturação, já é possível introduzir este atleta ao que chamamos de “especialização esportiva”. Especializando o individuo buscará o aprimoramento cognitivo, físico e motor do mesmo em uma determinada modalidade. A partir deste momento, especificamente nos casos de futebol e futsal, os estudos apontam não ser viável combinar as duas modalidades, tendo em vista que, apesar de semelhantes, estas modalidades requerem demandas fisiológicas/ energéticas diferentes, fibras musculares diferentes, conceitos táticos e técnicos diferentes, enfim, a preparação deverá ser totalmente diferente, tornando-as incompatíveis. 

Outra consideração importante nesta faixa etária é a de que, no caso dos “talentos esportivos”, após os 15 anos (em média) o atleta de futsal (exemplificando) provavelmente estará treinando mais de 4 vezes na semana, e a “concorrência” com o treinamento do futebol acarretará em prejuízos em substratos energéticos, recuperação intracelular e teciduais, diminuindo o rendimento nas sessões de treinamento e consequentemente a performance do atleta.  

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