Legenda: Seta branca: trajetória da bola; Seta vermelha pontilhada: deslocamento do atleta. |
Jogo: Jogo da
Movimentação.
Categorias:
Sub-11 e Sub-13.
Objetivos Principais:
·
Movimentação;
·
Linhas de Passe;
Organização: Duas
equipes com 1 goleiro e 3 jogadores de linha em cada uma.
Material:
Coletes; Bolas de Futsal (específica para a categoria); Cones pequenos de
borracha ou Pratos de sinalização de borracha ou Fitas adesivas.
Justificativa:
Entendo a “Movimentação” como um dos fundamentos do Futsal. Estimula-la desde
as categorias de base fará com que o jovem atleta desenvolva o hábito de
mover-se com velocidade, sem a bola nos pés, criando espaços na defesa
adversária e oferecendo-se como uma opção de passe. Entendo, ainda, que nestas
categorias (sub-11 e sub-13) o aluno não deve prender-se a obrigações e responsabilidades
táticas complexas. Neste sentido o “Jogo da Movimentação” é apenas uma das
ferramentas lúdicas de solidificação da importância da movimentação para o
aluno. Se bem estimulado durante a infância, este conceito lhe será muito útil
quando se tornar adulto.
Desenvolvimento:
Divide-se os alunos em duas equipes com um goleiro e três jogadores na linha,
cada uma. O jogo desenvolve-se normalmente com as regras oficiais do Futsal,
porém, acrescenta-se a regra de que ao
receber a bola em um setor da quadra (dividida pelos cones) o mesmo jogador não
poderá voltar a receber a bola no mesmo setor em que passou a bola
anteriormente, estimulando-o a movimentar-se pela quadra em busca de um
novo setor. A
penalização em caso de o atleta receber a bola no mesmo setor em que estava
anteriormente ficará a critério do professor, podendo ser desde um tiro livre
indireto no local onde ocorreu a infração, até a cobrança de um pênalti ou tiro
livre direto sem formação de barreira.
Variações: 1. Há a possibilidade de ampliar ou
reduzir os setores da quadra, conforme o nível técnico da equipe ou critério do
treinador, atentando-se para que quanto maior for o número de setores da
quadra, menos o aluno deverá movimentar-se, pois no caso de setores muito
pequenos, por vezes, um simples “passo ao
lado” poderá posicioná-lo à um novo setor. Com isto os objetivos propostos
não seriam atingidos plenamente. 2. É possível, ainda, reduzir o número
de toques que o jogador poderá encostar na bola, aumentando ainda mais a
necessidade de velocidade de deslocamento e de posicionamento para passe
(linhas de passe). Com esta modificação este jogo poderá estender-se às
categorias maiores, acrescentando os objetivos de passes, fugas e diagonais. 3.
Caso o treinador pretenda induzir a projeção do atleta à quadra ofensiva,
poderá acrescentar a regra de que, ao receber a bola na meia-quadra defensiva,
o mesmo não poderá voltar a recebê-la caso este mesmo jogador ainda não tenha
passado a linha que divide o meio da quadra. 4. Inúmeras outras variações podem ser realizadas,
tais como: não apresentar-se como opção de passe no mesmo setor em que passou a
bola a um companheiro de equipe, ou receber a bola apenas no lado oposto em que
estava anteriormente, entre outras.
Observações: A
sugestão de “apenas” 3 jogadores na
linha, justifica-se pelo princípio de que, quanto menos jogadores, menos
complexo torna-se o jogo. Deste modo, os jovens atletas terão menos “problemas” para tentar solucionar. Pedagogicamente,
isto é importante, pois nestas faixas etárias (11 e 13 anos), de modo geral, os
alunos ainda encontram dificuldades para localizarem-se no “espaço”. Isto significa que nestas
categorias é importante oferecer maiores “espaços”
em quadra para que os jovens atletas possam melhor desenvolver-se cognitivamente.
É importante que o treinador tenha habilidade para diferenciar o momento em que
deve reduzir ou ampliar os espaços em quadra.
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