"Você pode estar na melhor equipe... Se não se superar, não superará o adversário."

quarta-feira, 11 de julho de 2012

JOGOS PEDAGÓGICOS: Jogo da Movimentação


Legenda: Seta branca: trajetória da bola;
Seta vermelha pontilhada: deslocamento do atleta.

Jogo: Jogo da Movimentação.

Categorias: Sub-11 e Sub-13.

Objetivos Principais:
·         Movimentação;
·         Linhas de Passe;

Organização: Duas equipes com 1 goleiro e 3 jogadores de linha em cada uma.

Material: Coletes; Bolas de Futsal (específica para a categoria); Cones pequenos de borracha ou Pratos de sinalização de borracha ou Fitas adesivas.

Justificativa: Entendo a “Movimentação” como um dos fundamentos do Futsal. Estimula-la desde as categorias de base fará com que o jovem atleta desenvolva o hábito de mover-se com velocidade, sem a bola nos pés, criando espaços na defesa adversária e oferecendo-se como uma opção de passe. Entendo, ainda, que nestas categorias (sub-11 e sub-13) o aluno não deve prender-se a obrigações e responsabilidades táticas complexas. Neste sentido o “Jogo da Movimentação” é apenas uma das ferramentas lúdicas de solidificação da importância da movimentação para o aluno. Se bem estimulado durante a infância, este conceito lhe será muito útil quando se tornar adulto.

Desenvolvimento: Divide-se os alunos em duas equipes com um goleiro e três jogadores na linha, cada uma. O jogo desenvolve-se normalmente com as regras oficiais do Futsal, porém, acrescenta-se a regra de que ao receber a bola em um setor da quadra (dividida pelos cones) o mesmo jogador não poderá voltar a receber a bola no mesmo setor em que passou a bola anteriormente, estimulando-o a movimentar-se pela quadra em busca de um novo setor. A penalização em caso de o atleta receber a bola no mesmo setor em que estava anteriormente ficará a critério do professor, podendo ser desde um tiro livre indireto no local onde ocorreu a infração, até a cobrança de um pênalti ou tiro livre direto sem formação de barreira.

Variações: 1. Há a possibilidade de ampliar ou reduzir os setores da quadra, conforme o nível técnico da equipe ou critério do treinador, atentando-se para que quanto maior for o número de setores da quadra, menos o aluno deverá movimentar-se, pois no caso de setores muito pequenos, por vezes, um simples “passo ao lado” poderá posicioná-lo à um novo setor. Com isto os objetivos propostos não seriam atingidos plenamente. 2. É possível, ainda, reduzir o número de toques que o jogador poderá encostar na bola, aumentando ainda mais a necessidade de velocidade de deslocamento e de posicionamento para passe (linhas de passe). Com esta modificação este jogo poderá estender-se às categorias maiores, acrescentando os objetivos de passes, fugas e diagonais. 3. Caso o treinador pretenda induzir a projeção do atleta à quadra ofensiva, poderá acrescentar a regra de que, ao receber a bola na meia-quadra defensiva, o mesmo não poderá voltar a recebê-la caso este mesmo jogador ainda não tenha passado a linha que divide o meio da quadra. 4. Inúmeras outras variações podem ser realizadas, tais como: não apresentar-se como opção de passe no mesmo setor em que passou a bola a um companheiro de equipe, ou receber a bola apenas no lado oposto em que estava anteriormente, entre outras.

Observações: A sugestão de “apenas” 3 jogadores na linha, justifica-se pelo princípio de que, quanto menos jogadores, menos complexo torna-se o jogo. Deste modo, os jovens atletas terão menos “problemas” para tentar solucionar. Pedagogicamente, isto é importante, pois nestas faixas etárias (11 e 13 anos), de modo geral, os alunos ainda encontram dificuldades para localizarem-se no “espaço”. Isto significa que nestas categorias é importante oferecer maiores “espaços” em quadra para que os jovens atletas possam melhor desenvolver-se cognitivamente. É importante que o treinador tenha habilidade para diferenciar o momento em que deve reduzir ou ampliar os espaços em quadra.

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