Um dos Jogos de Recreação
que utilizamos como aquecimento/parte inicial das aulas de futsal das categorias
menores, é o “Futebol Humano”. Este divertido
jogo é muito bem aceito pelas crianças e, por sua vez, trabalha alguns
fundamentos e valências físicas utilizados no futsal, como a finta e a agilidade e força,
além de conceitos de marcação e noção espacial e de cobertura. Segue abaixo:
Jogo: “Futebol Humano”
Categorias:
Sub-13 e menores.
Objetivos Principais:
Aquecimento; Força; Agilidade; Consciência Corporal; Noção Espacial;
Organização:
Divide-se a quadra em quatro setores transversais. Em cada setor estarão
dispostos três jogadores, que não poderão sair de seu setor. Um outro jogador
deverá estar posicionado atrás da linha de meta, com uma bola nas mãos.
Material:
Pratos de sinalização (ou cones, fita adesiva, giz) para marcar os setores;
Bola.
Justificativa:
Ampliar os repertórios cognitivo, físico e motor dos iniciantes, de forma que
sintam prazer em realizar o exercício. Ou seja, apresentar-lhes o “treinamento”
e fazê-los “treinar” sem que percebam que estão “treinando”, mas sim BRINCANDO.
Possuir a vivência da finta e oferecer a “visão de jogo” nestas categorias
auxiliarão no entendimento do futsal por parte destes indivíduos quando
estiverem maduros.
Desenvolvimento: O
objetivo do jogo é fazer com que um aluno consiga atravessar a quadra inteira,
de uma linha de meta à outra. O professor escolherá, utilizando o critério que
preferir, quem iniciará a partida. Este aluno, que deverá estar segurando uma
bola com as duas mãos, estará posicionado atrás da linha de meta, e poderá deslocar-se
por qualquer parte deste local visando encontrar o espaço inicial necessário
para que consiga entrar na quadra. Os alunos que estiverem nos setores, além de
não poderem sair para outros setores, deverão correr com as mãos para trás
(costas), visando proteger o atacante de possíveis choques com os braços. Ou
seja, os jogadores defensores (nos setores) deverão tentar impedir que o
atacante (com a bola nas mãos) consiga avançar, setor a setor, posicionando
apenas seus corpos e cercando-o. Por sua vez, o atacante, ao avançar a um novo setor,
não poderá mais recuar (voltar ao setor anterior), nem sair da quadra (pelas
linhas laterais) ou derrubar a bola das mãos. Caso isso ocorra, além da defesa
vencer o atacante, este dará lugar a um novo participante e ocupará um dos
lugares defensivos, em um dos setores, reiniciando novamente o jogo. Caso
consiga chegar à outra linha de meta, o atacante venceu a defesa. Os alunos desafiar-se-ão
a fim de ver quem consegue vencer a defesa e atingir o objetivo.
Variações: O
professor poderá utilizar sua criatividade e experiência a fim de explorar,
como preferir, o potencial de sua turma. Uma das possíveis variações é (1) o
aumento no número de setores ou de defensores dentro dos setores, com isso elevará
o nível de dificuldade. (2) Outra opção é aumentar o número de defensores
dentro dos setores, porém com dois ou mais atacantes, possibilitando a troca de
passes, com as mãos, entre estes. (3) Ainda é possível trabalhar o drible com
esta recreação, tornando-a um “Jogo Técnico”, reduzindo o número de defensores
dentro dos setores, porém fazendo com que o atacante tente atravessar
driblando-os.
Observações: É
necessário que o grupo, ao qual o exercício será aplicado, possua um nível de
disciplina e respeito ao próximo já trabalhados previamente. Caso contrário, poderá
haver “encontros” mais ríspidos, fugindo do objetivo primordial de cuidado e desenvolvimento
coletivo.
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