"Você pode estar na melhor equipe... Se não se superar, não superará o adversário."

quinta-feira, 4 de junho de 2020

ENTENDER O JOGO!

Um erro comum entre os treinadores é insistir em exagero no trabalho analítico, onde o aluno/aprendiz observa o que deve ser feito, memoriza e repete o movimento. Possivelmente este não será o melhor caminho se a pretensão for a formação de atletas inteligentes e capazes de resolver situações problemas.
Quando nos preocupamos em formar atletas, não queremos que nossos aprendizes apenas imitem ou repitam movimentos, mas sim que sejam capazes de compreender as diferentes situações de jogo e progridam com excelência na continuação da jogada. Esta interferência deve ser positiva sob o ponto de vista TÁTICO.
Assim, somente conseguimos fazer com que o aprendiz tenha uma resposta ótima aos problemas ali enfrentados, se ele estiver acostumado a resolvê-los. Caso contrario, aquela situação de jogo fatalmente será uma surpresa e, se isso ocorrer, ele estará desprevenido.
Mesmo sem descartar totalmente nenhum método, tenho obtido bons resultados em trabalhos situacionais. O intuito é que, quando deparado com um momento semelhante na partida, ele saiba como deve agir, obtendo assim êxito sobre seu oponente.
Desta forma, para mim fica evidente que os métodos de treinamento devem ser pautados no JOGO, no JOGAR e saber INTERPRETAR as situações da modalidade.
Obviamente, atletas que imitam ou apenas repetem os movimentos não são capazes de compreender autônomamente o JOGO.
É comum treinadores acreditarem que repetições de movimentos fará daquele aprendiz um “jogador de futsal”. Isso seria correto se o futsal fosse apenas motor, mas ele também é cognitivo e afetivo. Desta forma, o jogador deve conseguir tomar decisões (cognitivo), ao mesmo tempo em que corre e controla a bola (motor), percebe o deslocamento de seu companheiro e do adversário que vem em sua direção, tudo isso em que deve controlar-se e ignorar a pressão da torcida e do adversário lhe puxando pela camisa (afetivo).
Por isso é possível afirmar que a prioridade deve ser a compreensão do jogo, desenvolvendo o raciocínio tático, sem o qual não existe atleta de qualidade. A primeira dificuldade, portanto, que este jovem aprendiz encontrará no jogo será Tática e não Técnica!

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