Um erro comum entre os treinadores é insistir em exagero no trabalho analítico, onde o aluno/aprendiz observa o que deve ser feito, memoriza e repete o movimento. Possivelmente este não será o melhor caminho se a pretensão for a formação de atletas inteligentes e capazes de resolver situações problemas.
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Quando nos preocupamos em formar atletas, não queremos que nossos aprendizes apenas imitem ou repitam movimentos, mas sim que sejam capazes de compreender as diferentes situações de jogo e progridam com excelência na continuação da jogada. Esta interferência deve ser positiva sob o ponto de vista TÁTICO.
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Assim, somente conseguimos fazer com que o aprendiz tenha uma resposta ótima aos problemas ali enfrentados, se ele estiver acostumado a resolvê-los. Caso contrario, aquela situação de jogo fatalmente será uma surpresa e, se isso ocorrer, ele estará desprevenido.
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Mesmo sem descartar totalmente nenhum método, tenho obtido bons resultados em trabalhos situacionais. O intuito é que, quando deparado com um momento semelhante na partida, ele saiba como deve agir, obtendo assim êxito sobre seu oponente.
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Desta forma, para mim fica evidente que os métodos de treinamento devem ser pautados no JOGO, no JOGAR e saber INTERPRETAR as situações da modalidade.
Obviamente, atletas que imitam ou apenas repetem os movimentos não são capazes de compreender autônomamente o JOGO.
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É comum treinadores acreditarem que repetições de movimentos fará daquele aprendiz um “jogador de futsal”. Isso seria correto se o futsal fosse apenas motor, mas ele também é cognitivo e afetivo. Desta forma, o jogador deve conseguir tomar decisões (cognitivo), ao mesmo tempo em que corre e controla a bola (motor), percebe o deslocamento de seu companheiro e do adversário que vem em sua direção, tudo isso em que deve controlar-se e ignorar a pressão da torcida e do adversário lhe puxando pela camisa (afetivo).
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Por isso é possível afirmar que a prioridade deve ser a compreensão do jogo, desenvolvendo o raciocínio tático, sem o qual não existe atleta de qualidade. A primeira dificuldade, portanto, que este jovem aprendiz encontrará no jogo será Tática e não Técnica!
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